O autismo afeta uma em cada 160 crianças, segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS). Esta condição é chamada de transtorno do espectro autista e prejudica a capacidade de comunicar e interagir. Porém, há estratégias e tratamentos que ajudam a aliviar os sintomas e a melhorar a qualidade de vida de uma pessoa com autismo, como a terapia ocupacional. Veja, a seguir, como a terapia ocupacional para autismo pode ser eficiente.
O que é a terapia ocupacional?
A terapia ocupacional é um recurso terapêutico que visa intervir no cotidiano dos pacientes de maneira que as capacidades motoras, cognitivas e sensoriais sejam estimuladas. O objetivo é desenvolver ou retomar a autonomia e independência do paciente para que ele possa desempenhar tarefas que permitam uma participação ativa no dia a dia.
Para isso, os terapeutas ocupacionais trabalham para promover, manter e desenvolver as habilidades necessárias no paciente. Não existe um único programa de terapia ocupacional. A melhor estratégia deve ser personalizada de acordo com cada paciente e incluir diversas atividades criativas e adaptadas.
O que é o autismo?
O autismo, ou seja, o transtorno do espectro do autista, é uma condição relacionada ao desenvolvimento do cérebro. Ela afeta o modo como uma pessoa percebe o mundo e se socializa, causando problemas de interação social e comunicação. A desordem também leva a padrões de comportamento limitados e repetitivos.
Os sinais e sintomas do autismo costumam surgir antes dos três anos de idade e o diagnóstico pode ser feito já a partir dos 18 meses. A condição tem diferentes tipos, mas eles têm algumas características em comum. Veja, a seguir, alguns sinais e sintomas de autismo:
Sentidos - visão, audição, tato, olfato e paladar excessivamente sensíveis;
Corpo - movimentos corporais repetitivos;
Conversação – a pessoa não consegue manter uma conversa social;
Comunicação – a pessoa prefere se comunicar com gestos em vez de palavras;
Olhar – a pessoa evita contato visual;
Atenção - baixa capacidade de atenção;
Raiva - acessos de raiva intensos.
Benefícios da terapia ocupacional para autismo
Estima-se que 60% a 70% das crianças com autismo têm dificuldades para processar informações sensoriais, o que sobrecarrega o sistema nervoso. Ao avaliar e intervir nos distúrbios do processamento sensorial da criança, o terapeuta ocupacional ajuda a remover as barreiras da aprendizagem e traz benefícios para que a criança com autismo se torne mais tranquila e consiga se concentrar melhor.
O terapeuta ocupacional leva em conta as habilidades físicas, sociais, emocionais, sensoriais e cognitivas do paciente com autismo para desenvolver as habilidades. Veja alguns benefícios que a terapia ocupacional pode proporcionar para o autista:
- Aumento da capacidade de atenção e concentração;
- Melhora da coordenação motora;
- Melhora do desempenho escolar;
- Melhora do desempenho em ambientes domésticos;
- Mais independência;
- Mais interação social;
- Redução da ansiedade.
Para que a terapia ocupacional para autismo seja mais eficaz, é importante que a família forneça todas as informações possíveis sobre o paciente ao terapeuta. Apesar de não haver cura para o autismo, é possível que o autista e a família tenham uma melhor qualidade de vida.