De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o Brasil registra cerca de 180 mil novos casos de câncer de pele a cada ano. Ainda que apenas 3% desses diagnósticos sejam do tipo mais agressivo da doença, isso representa aproximadamente 1.500 mortes no período. Por isso, o câncer de pele precisa ser prevenido e, como todo câncer, diagnosticado de forma precoce para que tenha mais chances de cura.
Como surge o câncer de pele
Os especialistas da SBD explicam que, apesar de funcionar como uma barreira protetora, a pele pode ser penetrada por agentes externos. Alguns deles, como pomadas, cremes hidratantes e protetor solar podem fazer isso com boas intenções. Outros agentes não são tão bonzinhos. É o caso da poluição e da radiação ultravioleta, por exemplo.
A radiação ultravioleta emitida pelo sol provoca desde envelhecimento precoce e manchas até mutações no DNA das células de pele. Essas mutações podem causar um crescimento anormal e descontrolado dessas células, criando um tumor. Esse tumor pode ou não ser maligno. Quem vai dizer isso é o médico, com base em sinais clínicos e exames específicos.
De acordo com a SBD, apenas cerca de 5% dos casos de câncer de pele têm a herança genética como causa. Por isso, o estilo de vida, principalmente os hábitos que envolvem a exposição solar, é fator decisivo para afastar a doença.
Como reconhecer o câncer de pele
Em geral, o câncer de pele se manifesta na forma de pintas, manchas ou machucados. Conhecer a própria pele e saber quando alguma alteração apareceu ou se as marcas que já existem estão mudando de aparência é um passo importante para reconhecer o câncer de pele.
A consulta ao dermatologista deve acontecer assim que você perceber alguma alteração na pele. Os principais são: manchas que coçam, ardem, escamam ou sangram; sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; feridas que não cicatrizam em 4 semanas; mudança na textura da pele ou dor.
Para facilitar a identificação de lesões suspeitas, os dermatologistas criaram uma metodologia baseada nas letras do alfabeto. Ela não serve para o autodiagnóstico, mas vale a pena conhecer:
A de assimetria: quanto mais assimétrica for uma mancha ou pinta, maior o risco de ser um câncer;
B de bordas: bordas irregulares também são sinais de perigo;
C de cor: pintas com mais de uma cor e com tons pretos podem ser câncer de pele;
D de diâmetro: lesões com mais de 5 milímetros merecem mais atenção;
E de evolução: mudanças na cor, tamanho ou forma de uma lesão ou pinta devem ser investigadas.
Importante dizer que, quando é descoberto no início, o câncer de pele tem mais de 90% de chance de cura. Portanto, fique atento aos sinais do seu corpo e procure um médico assim que notar algo estranho.
Como prevenir o câncer de pele
Evitar a exposição excessiva ao sol é a principal forma de evitar o câncer de pele, especialmente para as pessoas com pele clara, idosos e crianças, que são as que mais correm risco de sofrer com o problema.
As dicas de prevenção a seguir foram elaboradas pelos especialistas da SBD e devem ser seguidas por todo mundo, o ano inteiro:
• Use chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares para promover uma barreira física contra o sol;
• Evite a exposição solar entre 10h e 16h;
• Na praia ou na piscina, mesmo usando protetor solar, fique embaixo de barracas ou guarda-sóis de algodão ou lona, que absorvem parte da radiação;
• Use filtros solares diariamente, inclusive nos dias nublados ou chuvosos;
• Consulte um dermatologista ao menos uma vez ao ano para fazer um exame completo da pele;
• Tenha o hábito de observar a própria pele e fazer o autoexame em busca de pintas ou manchas suspeitas.