Entre os muitos desconfortos que o corpo humano pode apresentar, a febre é um dos sintomas mais recorrentes. Porém, diferentemente do que muitos imaginam, a febre em si não é uma doença, mas sim uma consequência, uma reação a algum outro problema.
A temperatura corporal ideal de um ser humano é mantida entre 36°C e 36,7°C. Porém, quando alguma disfunção ocorre, a temperatura pode subir 3 ou 4 graus, o que pode ser um problema. Compreender como funciona esse mecanismo de defesa do organismo é essencial para entender a gravidade do problema.
As variações da temperatura corporal
Embora o corpo humano opere sob uma faixa de temperatura ideal, isso não significa que ela seja constante e nem que eventuais variações possam ser consideradas um problema. Quando acordamos, geralmente a temperatura está mais baixa do que quando vamos nos deitar, por exemplo. Alterações de até um grau são consideradas perfeitamente normais.
Os problemas ocorrem quando essa variação de temperatura passa de um grau. Os infectologistas estabelecem o limiar de 37,3°C como uma febrícula e consideram temperaturas acima dos 39°C como febre alta. As faixas são as seguintes:
- De 37,3°C a 37,8°C – febrícula
- De 37,8°C a 39,0°C – febre
- Acima de 39°C – febre alta
A temperatura corporal é medida por meio de um termômetro, usualmente colocado sob as axilas por cinco minutos. Termômetros eletrônicos simplificam a medição enquanto outros métodos menos usuais podem ser empregados, como colocar o termômetro na boca ou no reto do paciente pelo mesmo período.
Uma resposta do organismo
Como já mencionamos, a febre em si não é uma doença. Em outras palavras, isso significa que ela funciona como um sinal de alerta de que algo em nosso corpo não está bem. Infecções por vírus, bactérias e parasitas, doenças do sistema nervoso ou cardiovasculares são fatores que podem provocar o aumento da temperatura corporal.
Em geral, a febre é um sintoma passageiro e ao perceber esse quadro o paciente deve buscar auxílio médico para descobrir qual é a real causa do problema. Medir a temperatura várias vezes ao dia ajuda a identificar se a condição está melhorando ou piorando. A partir da febre podem surgir ainda outros sintomas como dores musculares, dor de cabeça, fraqueza e indisposição.
Para amenizar esse sintoma, algumas medidas podem ser tomadas antes mesmo de ir ao médico. Compressas frias no tronco e nos membros, repouso e um banho morno são algumas das formas de amenizar os sintomas. A hidratação também é essencial. Você deve procurar auxílio médico se a febre persistir por mais de dois dias.
Como a febre em si não é uma doença, não há necessariamente um tratamento para ela, além das formas de amenizar os sintomas que citamos acima. Em casos mais graves, o ideal é procurar auxílio médico para compreender qual é o problema principal que está causando a febre e tratá-lo imediatamente.
Febres contínuas mais graves e que elevem a temperatura do organismo de forma demasiada podem provocar desidratação, alucinações e convulsões, com sintomas como tremedeira de membros e perda de consciência. Novamente, determinar a causa da febre é a principal forma de combatê-la.
Febre alta: quando eu devo procurar um médico?
Como a febre em si não é uma doença para ser combatida, é fundamental observar outros sintomas paralelos como forma de diagnosticar o que está acontecendo e, se necessário, agendar uma consulta. Três características principais são determinantes para buscar auxílio:
- Se a febre estiver acima dos 39,4°C;
- Se o quadro de febre persistir por mais de 48 horas;
- Se a febre vier acompanhada de sintomas como forte dor de cabeça, inchaço na garganta, confusão mental, fraqueza muscular, frequência cardíaca rápida ou pressão sanguínea baixa.
Em qualquer um desses casos, a recomendação é que você procure o médico o mais rápido possível. Amenizar os sintomas da febre não significa resolver o problema, pois como já mencionamos ela é apenas um sintoma originada por diversas outras causas.