Peeling significa descamar, segundo sua origem nominal: “to peel”. É um procedimento muito realizado para promover a renovação celular. O peeling é capaz de corrigir manchas, marcas e alterações diversas, que influenciam no aspecto e saúde da pele.
Caracterizado como um procedimento seguro, é possível que o paciente não precise interromper suas atividades corriqueiras para realizar o peeling. Quem o faz, percebe uma melhora imediata no tônus, textura e pigmentação da pele. De maneira controlada, o peeling destrói partes da pele, que rapidamente se regeneram e recebem um aspecto novo. Isso se dá por meio das células que permanecem em certos pontos da pele, com alta capacidade de regeneração.
Uma recomendação muito importante é evitar a exposição solar, além de utilizar os filtros solares hipoalergênicos adequados e realizar uma hidratação intensiva após o tratamento. Os bons resultados do procedimento também dependem dos cuidados posteriores.
As possíveis complicações do peeling são o escurecimento da pele e a possibilidade de ocorrer uma infecção por vírus ou bactéria. Em ambos os casos, a recuperação torna-se mais longa, sem contar as possíveis cicatrizes aparentes. São complicações raras, que acontecem principalmente quando o procedimento não é feito de maneira segura. Por isso, é fundamental que o procedimento seja realizado por profissionais experientes e responsáveis.
Quando o peeling é indicado?
O peeling é indicado para quem deseja realizar a renovação celular da pele, mas não somente em áreas faciais, embora seja o procedimento mais comum. Em áreas como a região íntima (clareamento de virilha), o pescoço, o dorso das mãos, o antebraço e o colo também podem ser feitos o peeling. Algumas indicações são bastante recorrentes:
Cicatrizes superficiais: pós-acne; pós-afecções dermatológicas e pós-cirúrgicas;
Fotoenvelhecimento: para o envelhecimento da pele, geralmente pela ação solar excessiva, que deixa a pele manchada, seca e áspera. Indicado para pacientes de todas as faixas etárias e para todos os fototipos de pele;
Envelhecimento intrínseco ou cronológico: decorrente da passagem do tempo, ocasionado, principalmente, por fatores genéticos, estado hormonal e reações metabólicas. Corresponde aos efeitos naturais da gravidade ao longo dos anos, como a diminuição da espessura da pele, assim como seu ressecamento e linhas de expressão;
Alterações na pigmentação: melanoses solares, melasma, hiperpigmentação pós-inflamatória;
Acne comedoniana: caracterizada pela acne com forte presença de cravos;
Estrias: na qual se destrói a camada epidérmica, sem atingir os anexos cutâneos e restaurando a pele;
Queratose pilar: caracterizada pelo ressecamento e aspereza da pele.
O peeling é um procedimento que deve ser evitado em alguns casos. Em situações de infecções virais e infecções bacterianas em atividade, é contraindicado fazê-lo. Outros quadros podem sugerir uma piora inicial, como em contextos de acne pápulo-pustulosa, que se dá pela presença de comedões, e a rosácea, caracterizada por uma doença inflamatória crônica, com remissões e exacerbações.
Tipos de peeling
O procedimento de peeling pode ser realizado de três maneiras distintas. O peeling superficial utiliza ácidos e aparelhos como o peeling de diamante, jatos de cloridróxido de alumínio e ponteiras especiais, com propriedades esfoliantes suaves.
O objetivo do peeling superficial é retirar a camada mais exterior da pele, melhorando o aspecto, turgor e hidratação da cútis. Além disso, clareia o tom da pele e pode auxiliar na melhora de rugas mais superficiais.
O peeling médio já é um procedimento mais sério, devido às supostas complicações. Seu objetivo é destruir e esfoliar a camada superficial da pele, além da camada córnea. É feito para atenuar as rugas finas e médias. Também resolve casos de manchas de pele de origem mais superficial, além de renovar a camada mais externa da cútis, estimulando a formação de colágeno. Os resultados dependerão totalmente da técnica escolhida e do cuidado na hora de escolher um profissional para realizá-lo.
No peeling profundo, são utilizados ácidos e/ou aparelhos para a realização do procedimento. Muito mais complexo, na maioria das vezes, requer anestésico. No entanto, há um risco de infecção e complicações, por isso, novamente, a escolha do profissional é essencial para a segurança dos resultados.
Procedimentos
Peeling físico
É um processo de lixamento da pele, por meio de substâncias abrasivas. A microdermoabrasão é a técnica mais utilizada e consiste na aplicação direta, sobre a pele, de um equipamento mecânico, gerador de pressão negativa e positiva que vibra simultaneamente. Além disso, não usa quaisquer produtos químicos.
É um procedimento minimamente invasivo, bastante seguro e praticamente indolor. O equipamento regula os níveis de esfoliação por meio da pressão assistida. Pode ser usado em qualquer tipo de pele.
Peeling de cristal
No peeling de cristal, é utilizado um pequeno aparelho de sucção, com cristais de hidróxido de alumínio, para retirar a camada mais superficial da pele, além de estimular a produção de colágeno e o consequente rejuvenescimento da pele.
Peeling de diamante
O peeling de diamante realiza uma esfoliação bastante profunda, retirando as células mortas da superfície da pele. É recomendado para clarear a pele, e combater as rugas. Também estimula a produção de colágeno e elastina, fundamentais para manter a pele firme e uniforme. É realizado por meio de uma espécie de caneta, com a ponta de lixa diamantada.
Peeling químico
O peeling químico é a aplicação de ácidos sobre a pele, que ajudam a retirar as camadas danificadas, por meio da descamação, e a promover o crescimento de uma camada lisa, mais elástica, suave e fresca, por meio da renovação celular.
É indicado para peles com mancha, acne e cicatrizes de acne, rugas finas, oleosidade excessiva e fotoenvelhecimento. Durante o procedimento, são aplicados sobre a pele ácidos em forma líquida, como os ácidos salicílico, glicólico, retinóico e jessner.
Peeling a laser
É uma técnica que promove a descamação das camadas mais profundas da pele, com o objetivo de retirar as células velhas. Esse procedimento permite que as células sejam renovadas, promovendo uma pele mais saudável, bonita e de aspecto viçoso.
Esse procedimento pode ser feito de maneira superficial, média ou profunda. A profundidade com que o laser irá penetrar na pele é o que influencia diretamente no resultado. A regeneração é condizente com essa profundidade, ou seja, quanto mais profunda for a penetração do laser, maior a regeneração da pele.
É possível realizar essa técnica de duas maneiras. O procedimento ablativo é indicado para tratar rugas, cicatrizes de acne e alterações benignas da pele. Com bastante precisão, remove a superfície da cútis sem provocar queimaduras. O procedimento não ablativo remove vasos e manchas, além de estimular a produção de colágeno, melhorando a textura e aparência geral da pele.