Não é de hoje que o gengibre faz parte do cardápio dos brasileiros. A planta originária da China e da Índia foi difundida em todo o mundo, sendo utilizada tanto como medicamento quanto como tempero. Porém, seus benefícios vão muito além disso.
O gengibre possui propriedades antieméticas, ou seja, pode ser utilizado para evitar vômito. Além disso, atua como antioxidante e anti-inflamatório, podendo prevenir doenças como câncer cólon-retal e úlceras no estômago. Vamos conhecer algumas propriedades dessa raiz e entender como o consumo moderado pode ser benéfico para o organismo.
Ação antioxidante e anti-inflamatória
Estamos vivendo uma pandemia de coronavírus e embora o gengibre não seja um remédio para combater esse mal, ele pode ser aliado do corpo humano de outras maneiras. Como a raiz tem propriedades antioxidantes, ela auxilia a fortalecer o sistema imunológico, prevenindo resfriados e retardando os efeitos do envelhecimento precoce.
Já as propriedades anti-inflamatórias são benéficas no sentido de prevenir contra artrites, dores musculares e doenças respiratórias. Não é à toa que para pessoas com tosse recomenda-se chá de gengibre, pois a raiz tem ação expectorante, reduzindo o catarro e fluidificando as secreções na garganta.
Propriedades antieméticas e proteção estomacal
Por ser uma raiz com propriedades antieméticas, o gengibre reduz náuseas e vômitos que podem ocorrer em razão de diversas condições, como gravidez ou tratamentos quimioterápicos. Além disso, ele também é uma ótima proteção para o estômago, seja no combate à gastrite, às úlceras estomacais e até mesmo à bactéria H. pylori.
Muitos dos casos relacionados a câncer de estômago têm relação direta com alterações provocadas nas células por conta de úlceras. Portanto, prevenir que condições como essas se desenvolvam, em médio e longo prazo são também formas de prevenção contra o câncer.
Auxilia na perda de peso e regula a pressão
Consumir gengibre não significa, necessariamente, perder peso. Entretanto, a raiz tem compostos como o 6-gingerol e o 8-gingerol, que atuam na aceleração do metabolismo. Essa condição pode estimular a queima de gordura corporal por meio da produção de calor e suor, características que podem auxiliar no emagrecimento.
Pacientes com pressão alta também podem se beneficiar do gengibre, pois ele tem propriedades que o colocam como um inibidor da formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos. Além disso, a raiz pode ainda “afinar o sangue”, melhorando o fluxo no corpo.
Gengibre na alimentação: como consumir?
O gengibre está presente na alimentação de diversas formas. Ele pode ser consumido em forma de chá ou como tempero nos mais diversos tipos de pratos, doces ou salgados. Contudo, assim como ocorre com a maioria dos alimentos, o consumo em excesso pode fazer mal para pessoas com estômago mais sensível. Se ao consumi-lo você sentir azia, diarreia ou desconforto estomacal, suspenda o uso.
É por essa razão que o consumo de gengibre como auxílio medicamentoso deve ser feito somente sob orientação de um médico ou nutricionista. Pacientes que usam medicamentos para controlar a pressão, por exemplo, podem perceber interferências no efeito do remédio caso o consumo da raiz seja excessivo.
Quando se trata de gestantes, os cuidados também devem ser redobrados. Há estudos que sugerem que as propriedades do gengibre podem aumentar os riscos de hemorragia, especialmente próximo à data do parto, por isso ele deve ser evitado.
Em linhas gerais, o consumo de cerca de 2 a 4 gramas de gengibre por dia é considerado suficiente. Já para aqueles que buscam os efeitos termogênicos do alimento, talvez seja necessária uma quantidade diária maior, mas isso deve ser discutido com um profissional de saúde, levando-se em consideração a sua dieta.