Como acontece a perda da audição?
Vivemos em uma sociedade cada vez mais barulhenta. É uma mistura de buzina, moto, sirene, TV, rádio, fones de ouvidos com o som muito alto, máquinas de construção, avião etc., o que torna a tarefa de fugir da poluição sonora uma missão quase impossível.
Como consequência, é crescente o número de pessoas que estão começando a apresentar problemas de audição e surdez. A exposição exagerada aos sons altos comprometem a sua saúde auditiva.
Os níveis adequados de exposição sonora giram em torno de 55 decibéis durante o dia e de 50 decibéis no período noturno. Normalmente, um portador de problemas auditivos apresenta histórico de exposição a ruídos bem superiores ao indicado, acima dos 85 decibéis.
Mas não pense que é difícil estourar esses limites: o barulho produzido pelo avião, por exemplo, é de 90 decibéis, a buzina de um carro chega a 110, enquanto um show de rock ultrapassa os 120.
Embora nem todo mundo responda da mesma forma aos ruídos, uma coisa é certa: o número de casos de surdez estão aumentando, o que torna essa questão alarmante, visto que pode desencadear consequências sérias para qualidade de vida de uma pessoa.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 10% da população mundial sofre com problemas auditivos, o que, no Brasil, representa cerca de 30 milhões de pessoas.
Qual a relação entre estresse e perda auditiva?
A maioria das pessoas que sofrem com a perda da audição apresentam como primeiro sinal a dificuldade para escutar as frequências agudas. Assim, surgem problemas para compreender a fala dos outros e o paciente gasta muita energia para conseguir decifrar o que é dito. Isso resulta no comprometimento social no âmbito familiar, entre amigos e até no trabalho, uma situação muito estressante para o paciente.
Passar por esse tipo de conflito diariamente, somado à falta de empatia de pessoas com as quais se comunica, contribui para a piora do quadro, em que o estresse pode evoluir para condições extremas, como a depressão.
Além disso, outra fonte de estresse aos devido problemas de audição é o zumbido. Pessoas que passam por essa experiência, seja ocasionalmente ou por longos períodos de tempo, relatam níveis elevados desse sintoma, o que afeta a saúde mental, física e o seu bem-estar.
Viver estressado não faz bem para o organismo, pois altera a concentração de hormônios, aumenta a pressão arterial e pode até provocar problemas sérios, como Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e Acidente Vascular Cerebral (AVC).