Existem evidências de que a perda auditiva é duas vezes mais comum em adultos com diabetes. Neste artigo você entenderá a ligação entre diabéticos e perda auditiva e saberá quais os cuidados que as pessoas com diabetes precisam adotar para cuidar da audição.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem hoje mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes no Brasil, o que representa 6,9% da população. E há uma tendência de aumento devido aos inúmeros casos com demora no diagnóstico, o que inclusive pode favorecer o aparecimento de complicações. Daí a importância de conhecer mais sobre diabetes e seus efeitos na audição.
O que é diabetes?
Trata-se de uma doença crônica que resulta em muito açúcar (glicose alta) no sangue. Isso ocorre porque o corpo não produz insulina ou não consegue utilizar adequadamente a insulina que produz. A insulina é justamente o hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. E esse nível alto no sangue, conhecido por hiperglicemia, se não tratado, pode causar danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.
Os tipos mais comuns são:
Diabetes Tipo 1: condição crônica em que o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina.
Diabetes Tipo 2: condição crônica que afeta a maneira como o corpo processa o açúcar no sangue (glicose).
Pré-Diabetes: condição em que o açúcar no sangue está alto, mas não o suficiente para ser diabetes Tipo 2.
Diabetes Gestacional: forma de alto nível de açúcar no sangue que afeta mulheres grávidas.
O tratamento da doença pode ser feito com exercícios, planos de alimentação, medicamentos e injeções de insulina. Existem muitas estratégias de cuidado hoje em dia e elas podem, inclusive, influenciar positivamente no controle do diabetes e seus efeitos na audição.
Como os diabéticos desenvolvem perda auditiva?
Com o tempo, diabetes pode causar problemas nos vasos sanguíneos e nervos dentro dos ouvidos, por essa razão é tão importante monitorar o diabetes e seus efeitos na audição. De acordo com estudos, os pacientes com diabetes têm duas vezes mais chances de desenvolver perda de audição leve a moderada e zumbido, do que com pessoas sem diabetes E embora existam diferentes tipos de perda auditiva, a perda auditiva neurossensorial é a mais comum entre os diabéticos. Quando somos expostos a ruídos altos, isso pode desgastar as células dentro de nossa orelha. Depois de muito dano, nossos ouvidos começam a ter problemas para detectar certos volumes e tons. Em diabéticos, esse efeito é ainda maior por conta da má circulação e danos nos nervos.
Como já dissemos anteriormente, o zumbido no ouvido é comum quando se trata de diabéticos e perda auditiva. Em geral, ele é um som persistente, como um ruído fantasma, que pode variar em volume e tom e que pode flutuar. Por exemplo, às vezes pode ser apenas um ruído de fundo para o que quer que você esteja fazendo. Outras vezes, pode prejudicar sua capacidade de ouvir qualquer outra coisa. É importante destacar que o zumbido pode ser tratado tanto em conjunto com a perda auditiva quanto de forma específica, dependendo de cada caso.
Prevenção
De acordo com as pesquisas, os danos auditivos são mais comuns em pacientes com diabetes Tipo 2. Além disso, as evidências mostram que diabéticos podem ter audição normal ou próxima do normal no momento do diagnóstico inicial e sofrer de perda de audição progressiva.
Assim, o cuidado com a saúde auditiva é crucial quando entendemos a relação entre diabetes e seus efeitos na audição. Além de realizar uma avaliação auditiva regularmente, é igualmente importante que os diabéticos adotem hábitos de prevenção. Por exemplo, desligar a música ou a TV de vez em quando e aproveitar o silêncio, dando aos ouvidos a chance de descansar. Essas pausas são benéficas.
Outra dica é proteger a audição no trabalho. Se você trabalha em ambientes barulhentos, próximo a máquinas ou na construção, certifique-se de tomar as precauções necessárias. Os trabalhadores dessas áreas têm maior probabilidade de perder a audição, e diabéticos têm um risco ainda maior.