A música é composta por melodia, harmonia e ritmo de uma maneira organizada e está presente em todas as culturas conhecidas. A música vem sendo utilizada em vários contextos, desde para o entretenimento, até para acalmar crianças agitadas, liberar emoções, expressar consciência social, dentre outras funções.
Musicoterapia é internacionalmente reconhecida como uma atividade clínica e regulamentada na área da saúde. Essa terapia consiste na utilização da música no contexto clínico, educacional e social e tem como objetivo auxiliar no tratamento ou prevenção de problemas de saúde mental. Na musicoterapia, o paciente vivencia a música de forma ativa através de diversas atividades de acordo com as suas necessidades clínicas, habilidades e potenciais.
Essa abordagem terapêutica vem ganhando popularidade como uma estratégia de intervenção para crianças com transtornos do desenvolvimento, incluindo o autismo, já que essa terapia ajuda na melhora da qualidade de vida desses indivíduos.
O Transtorno do Espectro do Autismo, também conhecido como TEA, atinge aproximadamente 1% da população, afetando substancialmente a capacidade da criança em adquirir habilidades sociais. A aplicação de intervenções eficazes para facilitar e desenvolver as habilidades sociais é essencial devido ao impacto que essas habilidades podem ter, ao longo da vida, sobre a independência e o funcionamento desses indivíduos. Estudos mostram que a musicoterapia é um método eficaz, com efeitos profundos sobre a melhoria dessas habilidades em crianças com autismo.
Abaixo estão alguns dos benefícios que a musicoterapia pode promover para os indivíduos com autismo:
- Promover o bem estar e satisfação emocional;
- Diminuir o estresse;
- Ajudar a expressar sentimentos;
- Auxiliar na comunicação;
- Auxiliar na melhora da memória;
- Ajudar na criatividade;
- Ajudar na socialização e interação;
- Diminuir a hiperatividade;
- Trabalhar as necessidades cognitivas.
As sessões de musicoterapia devem ser conduzidas por um musicoterapeuta qualificado, podendo ser individuais ou em grupo, mas o tratamento deve ser sempre individualizado de acordo com as necessidades de cada um.