Você sabia que a respiração realizada pela boca pode trazer muitas consequências negativas para a vida do indivíduo?
A entrada de ar por via nasal acontece desde o nascimento e é a porta de entrada natural do ar em nossas vias respiratórias. A respiração nasal garante o preparo para que o ar do meio externo chegue aquecido, filtrado e umidificado no interior do nosso corpo, protegendo as vias aéreas.
Além disso, esse tipo de respiração favorece o posicionamento correto dos órgãos fonoarticulatórios, proporcionando o desenvolvimento normal das funções de fonação, mastigação e deglutição, além do desenvolvimento e do crescimento adequado do complexo craniofacial e equilíbrio postural. Para que a respiração nasal ocorra é necessário que haja o selamento da boca. Caso esse selamento não ocorra, acontece a respiração oral (bucal).
Algumas das causas mais comuns que podem desencadear a respiração oral são:
- Desvio de septo
- Rinite
- Sinusite
- Hipertrofia de algumas estruturas nasais ou faciais
- Flacidez dos músculos da face
- Tipologia facial
- Tipo de oclusão dentária
Alguns dos sinais mais comuns do respirador oral incluem olheiras, lábios, língua e/ou bochechas com pouca força, narinas estreitas, lábios secos, lábio superior curto, mastigação de boca aberta, assimetria da face e alterações posturais.
Consequências
A respiração oral pode ter como consequências falta de ar, cansaço rápido nas atividades físicas, diminuição do olfato e do paladar, dores musculares nas costas e pescoço, alterações na fala, apneia do sono, ronco, bruxismo e dor de cabeça, além de alterações comportamentais como irritabilidade, dificuldade de concentração, sono agitado e diminuição do rendimento.
O tratamento do respirador oral deverá ocorrer em conjunto com diversos profissionais, como médicos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos. A atuação fonoaudiológica pode contribuir para a qualidade de vida desse paciente.
Ela ocorre através da terapia miofuncional, que tem como objetivo oferecer ao paciente condições de reestabelecer a respiração nasal, sendo a conscientização e a propriocepção os guias da terapia. Além disso, trabalham-se com exercícios para os músculos (força e mobilidade) e para as funções orofaciais.