Quanto tempo leva para se adaptar ao aparelho?
Quando o assunto é adaptação, existem duas etapas.
A primeira é a de teste, que os pacientes entendem como adaptação, já que representa o primeiro contato deles com o aparelho. São até sete dias de experiência domiciliar usando os aparelhos auditivos selecionados e dois encontros para realizar ajustes, verificar a adaptação.
Para o paciente, adaptar-se é sentir o aparelho para ver se ele funciona, porque até então, quando não se conhece o benefício, a descrença é grande. No final desse teste, o paciente volta para adquirir o próprio aparelho, ou não.
Contudo, o cérebro precisa de três a seis meses para adaptar-se à nova bagagem de informações. Para isso, é preciso usar o aparelho nos ambientes desafiadores, que são conversas no silêncio, no barulho etc. Tudo isso é preciso para indicar ao cérebro que a informação está chegando, de modo que ele comece a responder.
A adaptação pode demorar um pouco além da fase de teste, já que não depende apenas de adaptação ergonômica e de comodidade. A responsabilidade do fabricante é pensar nas duas adaptações.
A adaptação também pode variar de acordo com a idade, as habilidades que a pessoa tem e do problema auditivo que está sendo tratado. Para alcançar os melhores resultados, é preciso seguir algumas orientações. Entre as principais, estão:
- usar o aparelho o máximo que puder durante o dia (mínimo de 8 horas de uso diárias);
- durante o tempo de uso, explorar todos os ambientes e situações do dia a dia, para saber identificar se foi confortável em um ambiente com silêncio ou em um ambiente com muito barulho, por exemplo;
- tirar para dormir e tomar banho;
- comparecer a todos os encontros que o fonoaudiólogo marcar (a frequência após a aquisição é de três em três meses). Somente no período da aquisição, é preciso fazer até três encontros;
- ficar atento à troca de pilha quando necessário e colocação do molde ou sonda.