Doenças de pele costumam ser acompanhadas de um preconceito que, ao longo do tempo, se torna tão (ou até mais) desagradável aos pacientes do que os próprios sintomas. Com a dermatite atópica não é diferente.
Trata-se de um dos tipos mais comuns de alergia cutânea. A dermatite atópica é caracterizada por lesões avermelhadas na pele, que causam coceiras intensas, fazendo com que a pele fique muito mais ressecada que o normal. Pode vir acompanhada de asma ou rinite alérgica e, é uma doença genética, crônica e que não possui cura completa.
A dermatite atópica evolui com fases de ativação e de remissão espontânea. Ou seja, é preciso cuidado especial com determinados fatores que podem desencadear episódios em quem convive com a doença, bem como atentar-se aos tratamentos necessários para o melhor controle possível da alergia.
O tratamento se inicia com os cuidados com a pele: tomar banhos rápidos com água morna, dar preferência a sabonetes e hidratantes específicos, evitar irritantes como amaciantes, branqueadores e detergentes. Não utilizar tecidos sintéticos, entre outros.
Além dos cuidados gerais, as dermatites atópicas devem ser tratadas com medicamentos de acordo com a gravidade do caso. O acompanhamento médico é extremamente necessário e quanto mais cedo for iniciado o tratamento, melhores serão os resultados.
Fatores que podem desencadear a dermatite atópica:
– Alguns alimentos
– Alérgenos ambientais, como poeira, pólen, perfumes, tabacos
– Contato com certas bactérias e fungos
– Dermatite de contato
– Frio e ambientes secos
– Calor e transpiração
– Estresse
– Detergentes, produtos de limpeza
– Tecidos irritantes, como a lã
– Banhos quentes
Mas atenção: a dermatite atópica não é contagiosa. Pacientes com a doença não devem ser isolados do convívio natural, seja em casa, no trabalho ou, principalmente, nas escolas.
A falta de informação faz com que muitas crianças com diagnóstico (ou sintomas) de dermatite atópica sejam afastadas do convívio com outras, no ambiente escolar ou social. Especialmente para os pequenos, com dificuldade natural para entender o cenário, esse afastamento é desnecessário, e pode até contribuir para o agravamento da doença, com episódios mais intensos e duradouros.
A orientação, portanto, é consultar um dermatologista, observar os fatores que devem ser evitados e seguir à risca o tratamento recomendado. Sem motivos para “neuras”. Lembre-se, a dermatite atópica não tem cura, mas não é transmissível.