Cefaleia x enxaqueca
A cefaleia é uma das queixas mais comuns em consultórios de neurologia pediátrica, e pode ser primária ou secundária. Sendo a enxaqueca e a cefaleia tensional as causas mais frequentes de cefaleia crônica na infância e adolescência.
A cefaleia atribuída a problemas oftalmológicos é rara, embora seja superestimada na população leiga.
Vale ressaltar a importância do tratamento adequado, tendo em vista o grande prejuízo funcional e escolar que as cefaleias podem causar na infância e adolescência.
A enxaqueca frequentemente tem início na infância ou adolescência. Em mais da metade dos pacientes, as crises iniciam-se antes dos 7 anos de idade.
Na infância, a enxaqueca é mais prevalente nos meninos, já na adolescência e na vida adulta, fica mais comum no sexo feminino.
Fatores que podem desencadear a enxaqueca
- Alimentação: chocolates, queijos, cítricos, embutidos, leite e seus derivados, alimentos gordurosos, frituras e álcool;
- Privação ou excesso de sono;
- Menstruação;
- Exposição ao sol;
- Barulhos;
- Jejum;
- Exercícios físicos;
- Mudança de temperatura;
- Estado emocional.
Diagnóstico de cefaleia tensional e enxaqueca
Baseia-se nas informações fornecidas pelos pacientes e seus responsáveis, além de observação sobre seus comportamentos durante as crises álgicas (a exemplo: a criança procura um lugar escuro e com pouco ruídos, e recusa se alimentar).
Critérios diagnósticos de enxaqueca: crises com duração de 4 a 72 horas, unilaterais, pulsáteis, com intensidade moderada ou forte, exacerbadas com atividade física, associadas a náusea ou vômito, com presença de foto ou fonofobia.
Critérios diagnósticos da cefaleia tensional: crises que duram de 30 min até 7 dias, bilaterais, dor em aperto, com intensidade fraca a moderada, não pioram com atividade física, sem náusea ou vômito associado.
Tratamento
A avaliação do melhor esquema terapêutico depende da causa adjacente. Outras medidas auxiliares são: horários de sono adequados, alimentação balanceada e atividade física regular.