Ao falarmos de envelhecimento, estamos nos referindo a um processo natural de declínio nas habilidades motoras (marcha; coordenação motora; destreza nos movimentos manuais) e funções cognitivas (linguagem; memória; raciocínio lógico), o que não significa invalidez.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que, em 2050, chegaremos a 2 bilhões de indivíduos com 60 anos ou mais e segundo dados da mesma Instituição, até o ano referido, a previsão é de que 2,5 bilhões de pessoas no mundo apresentarão algum Grau de Perda Auditiva, o que representa ¼ da população Mundial.
Em decorrência do envelhecimento, há uma prevalência nos indivíduos em apresentarem rebaixamento, perda auditiva e questões visuais.
Os sintomas da perda auditiva nem sempre são percebidos no início, levando a pessoa a prejuízos nas percepções sonoras tais como: cantos dos pássaros; água saindo da torneira; latido do cachorro; barulho do motor do carro; entre tantos outros.
Porém, como a diminuição de habilidades sensoriais ocorrem frequentemente, nem sempre estas “perdas” são relevantes. No entanto, outros sinais de ausência sonora são apresentados, sendo estes:
- Necessidade de ser chamado pelos membros da família ou do seu convívio diário;
- Não conseguir manter um diálogo saudável e estruturado;
- Aumentar o volume da televisão;
-Fazer uso de falas, como “Ah?”, “fala mais alto”, “repete”, entre outras.
Distanciamento e isolamento social
Se tratando de um processo gradativo de queda nas percepções auditivas, as habilidades de discriminação, atenção e compreensão da fala, serão afetadas e impactadas de forma significativa em relações sociais e dinâmicas familiares.
Daremos destaque para a importância dos exames audiológicos, os quais devem compor a relação dos exames de rotina, para assim, haver um acompanhamento auditivo que possa diagnosticar a perda auditiva quanto antes.
Após o laudo audiológico, havendo a indicação para o uso de Aparelhos Auditivos, o processo de escolha e seleção da prótese devem levar em consideração o grau e tipo da perda.
A Presbiacusia - perda auditiva pelo envelhecimento - ocorre de forma simétrica em ambas as orelhas e pode ter causa vinda do seu estilo de vida, atividades diárias, maneabilidade, autonomia, modelo da prótese auditiva, entre outros fatores que compõem a individualidade.
Além disto, a clareza por parte do paciente sobre sua perda auditiva e os ganhos sonoros a partir da utilização dos Aparelhos Auditivos devem ser alinhados para assim, a aceitação do uso dos Aparelhos de Amplificação Sonora Individual ocorram de maneira consciente e mais tranquila.
O processo de adaptação dos Aparelhos Auditivos inicia-se a partir de informações acerca de manejo (cuidados diários com a prótese), colocação e retirada na orelha, tempo de uso diário, sonoridade, treino auditivo e conforto. Os elementos referidos são garantidos em razão da personalização da prótese, ou seja, do olhar individualizado para cada paciente.
Devemos aqui, chamar a atenção para novos valores culturais, dinâmicas socioeconômicas e o envelhecimento ativo, de grande importância e relevância para identificação precoce das perdas auditivas e os cuidados para uma boa saúde auditiva.
Todos esses aspectos garantem melhora na qualidade de vida e bem-estar dos nossos idosos.