A obesidade infantil aumenta o risco de muitas outras doenças, como diabetes, hipertensão e asma, e eleva a possibilidade de desenvolvimento de problemas cardiovasculares e câncer, tendo um impacto negativo na qualidade de vida.
1. Analise o estilo de vida da criança
Quando se fala em obesidade infantil, a primeira coisa que vem à cabeça são os hábitos alimentares da criança. Isso DEVE ser visto, sem dúvida,, mas a questão é mais profunda.
Além da parte alimentar, é preciso analisar o estilo de vida da criança como um todo. Ela é sedentária? Tem uma boa rotina de sono? Quais são suas as atividades de lazer?
É importante cuidar do estilo de vida da criança, isso tem que ficar muito claro.
A receita é introduzir atividades mais saudáveis aos poucos. Há ótimas maneiras de fugir do sedentarismo, técnicas para dormir melhor e até opções saudáveis de lazer.
2. Promova uma reeducação alimentar
Após analisar os hábitos das crianças, podemos falar com mais profundidade da parte alimentar. E nesse sentido, nada mais recomendável do que uma reeducação alimentar.
É dever dos pais e responsáveis elaborarem um cardápio mais saudável, com pratos coloridos e com todos os grupos alimentares — e estabelecendo horários para as refeições.
O ideal é fazer uma programação do que será consumido no café, no almoço e no jantar e no lanche. Todo mundo precisa ficar atento porque isso não é uma escolha da criança.
3. Inclua o resto da família no processo
Para combater a obesidade infantil, é preciso entender que toda a família deve abraçar a causa da criança. Não crie nenhum sistema "exclusivista" — ou de "rejeição", na visão dos pequenos.
Nada de elaborar cardápios especiais apenas para a criança que precisa perder peso, enquanto o resto da família continua a 'saborear' velhos (e duvidosos) hábitos alimentares.
Todo mundo tem que comer o que aquela criança precisa. O ambiente deve ser igual para o irmão que não tem excesso de peso, para o pai e para a mãe.
A dieta DEVE servir para todos os integrantes da família. Pense nisso como uma oportunidade para que TODA A FAMÍLIA cuide da saúde.
4. Evite as "tentações"
O processo de reeducação alimentar prevê algumas ações para evitar "recaídas", digamos assim. Uma delas é o controle daquilo que é abastecido nos armários da casa.
Evite estocar bolachas, alimentos embutidos, que têm muito sal, e outros industrializados.
Alimentos ricos em gordura e açúcar não devem ficar em casa. Se você tiver uma lata de leite condensado, muito provavelmente alguém fará um brigadeiro. A regra é ter quando for usar, quando tiver algum evento. No dia a dia, se tem problema de excesso de peso na família, não deve ter, pois são [produtos] muito calóricos.
5. Não potencialize o problema
Essa é um aspecto muito importante no tratamento da obesidade infantil. Quem está acima do peso, infelizmente, sofre preconceito em todos os ambientes que ela vai.
Casos de bullying na escola são frequentes — e, o pior, podem levar à depressão e até ao suicídio entre crianças e adolescentes.
Por isso, é dever dos pais e responsáveis não contribuir para esse quadro, endossando um discurso pesado e referindo-se à criança com termos pejorativos e desagradáveis.
Os pais se angustiam muito e a forma como oferecem ajudar é dizendo para a criança não comer, às vezes usando termos desagradáveis para a criança. E isso vai deixá-la estressada e fazer com que ela coma ainda mais e coisas piores. Então, os pais precisam deixar o ambiente propício à criança.
6. Não proíba nada; controle!
A reeducação alimentar pede que certos tipos de alimentos não sejam consumidos, mas isso não quer dizer "nunca".
Portanto, a receita não é a proibição, mas sim o controle do que é consumido. Deve-se trabalhar para mudar a consciência da criança.
A orientação é de comer tudo, ocasionalmente, mas no dia a dia, em casa, tem que ser uma dieta focada, rica em vegetais, com arroz, feijão, salada e frutas.
7. Entenda a questão
Por fim, se você quer combater a obesidade infantil, é preciso entender, de fato, o problema. É um grave problema de saúde e que pede cuidados e muita paciência.
Nesse sentido, o apoio da família e da escola, bem como o acompanhamento médico, é necessário e imprescindível.
Ninguém escolhe ter excesso de peso, a regulação do apetite é extremamente complexa. Se perder dois quilos é difícil, imagine para quem tem que perder mais, principalmente uma criança?
Obesidade infantil: causas e tratamento
A obesidade infantil pode ser causada por diversos fatores. Entre as mais comuns, estão:
⇒ Fatores genéticos;
⇒ Má alimentação, rica em fast foods, alimentos industrializados e congelados, refrigerantes, doces e frituras;
⇒ Sedentarismo;
⇒ Fatores psicológicos, como estresse ou tédio, que podem fazer as crianças comam mais do que o normal.
A predisposição genética é um dos fatores de risco da obesidade infantil. Por isso, é importante que os pais promovam (e abracem) um estilo de vida mais saudável.
Além disso, a obesidade pode ser consequência de doenças hormonais ou do uso de medicamentos à base de corticoides.
É importante ressaltar, contudo, que nem todos os pais e mães com obesidade terão filhos com o problema, da mesma forma que pais com peso recomendado podem, sim, ter filhos com obesidade.
Dessa forma, uma alimentação mais regrada e equilibrada e a prática de exercícios físicos contribuem para o não aparecimento da obesidade infantil, ainda que exista histórico familiar do problema.
O tratamento da obesidade é complexo e envolve várias especialidades da saúde, como pediatra e nutricionista.
Fique atento a esses hábitos e ajude a prevenir a obesidade infantil.