A unha encravada acontece no momento em que a lateral dela rompe o tecido causando inflamação, dor e desconforto. De modo geral, o dedão é o mais afetado, mas qualquer unha do dedo do pé pode encravar.
Podem desencadear podopatia, o corte incorreto da unha, alterações na forma de caminhar e nas estruturas dos pés, o uso de sapatos apertados, de bico fino, de segurança – como os com bico de aço – e excesso de suor ao redor das unhas.
O que fazer para evitar a unha encravada?
Primeiramente, corte a unha seguindo o formato dos dedos. Evite cortar os cantos e não deixar a unha muito curta nem remova em excesso a cutícula das laterais. Use calçados confortáveis, evite aqueles que ficam muito justos e não use os fechados por muito tempo.
Toda essa atenção é voltada para a unha do pé encravada, pois, embora a da mão também possa encravar, não é muito comum que ocorra.
Algumas pessoas já têm certa predisposição para unhas encravadas, por conta de características como unhas muito grandes em relação aos dedos ou que possuem tendência a crescer para baixo.
É válido ressaltar que, na maioria dos casos de encravamento, a ponta da unha cresce e penetra a pele ao seu redor por conta do corte errado e do uso de sapatos apertados ou pontiagudos. O quadro se caracteriza pela inflamação e vermelhidão dos cantos das unhas que podem, eventualmente, formar um tecido inflamado com secreção.
A unha encravada pode ser classificada em três diferentes graus.
Grau I – só há queixa de dor.
Grau II – há também uma secreção sanguínea ou purulenta.
Grau III – caracteriza-se pelo quadro de dor, secreção e hipertrofia da área acometida.
Como tratar unha encravada
Se for difícil cuidar bem dos pés e das unhas ou se for diabético, o mais indicado é ir ao podólogo para obter ajuda e tratamentos regularmente, de preferência a cada três meses.
Caso o quadro seja inicial, o tratamento da unha encravada pode começar em casa. Coloque o pé em uma bacia com água morna, isso ajudará a reduzir a inflamação. A aplicação de um pedaço pequeno de algodão ou gaze, para separar a lateral de unha da pele ao redor, pode ajudar a solucionar o problema.
Se o caso inflamatório for mais complicado, o ideal é buscar ajuda especializada. O podólogo realiza a remoção de um pedaço de unha e faz a correção dela. Em casos mais graves, ele encaminha para um dermatologista, que pode prescrever antibióticos ou indicar um procedimento cirúrgico que remove a porção parcial ou total da lateral da unha doente (uma cantoplastia).
Diabetes + unha encravada
A diabetes causa má circulação e diminui a sensibilidade nos dedos. Isso afeta a sua habilidade de sentir se os dedos estão inflamados ou se os calçados estão apertados demais. O podólogo pode receitar calçados especiais ou palmilhas que proporcionam conforto aos pés e diminuem o risco de trauma no dedo e unhas encravadas.
Em diabéticos, a unha encravada pode ficar facilmente infectada e se transformar em uma ferida aberta difícil de sarar (uma úlcera de pé).
As úlceras aumentam o risco de gangrena, causando a morte do tecido devido à falta de circulação sanguínea.
Mesmo que as técnicas de salões possam ajudar a aparar as unhas dos pés, ninguém substitui os especialistas em pés que são profissionalmente treinados.
Pontos importantes sobre a unha encravada
1. Tamanho das unhas
A saúde das unhas depende muitas vezes do seu tamanho. Unha muito grande pode encravar, causar desconforto e acumular sujeiras. Unha muito curta também pode encravar, causar a subida da parte abaixo das unhas das mãos e dos pés (leito ungueal), impedindo que a mesma cresça corretamente.
2. Tesouras, alicates e espátulas
Apare as unhas de forma reta. Uma das causas mais comuns do encravamento das unhas é cortá-las com ângulos nas laterais para combinarem com o formato arredondado dos dedos, pois isso permite que a pele cresça sobre a borda afiada da unha e cause irritação. Por isso, corte-as ou peça para o profissional do salão cortá-las de forma reta para reduzir o risco de encravá-las, principalmente a do dedão do pé.
Outras observações:
As unhas de algumas pessoas são naturalmente curvadas ou em forma de leque, o que as deixa mais predispostas a ter unhas encravadas.
Cutucar ou quebrar os cantos das unhas também pode encravá-las.
Aquelas pessoas que têm unhas bem mais grossas têm menos risco de encravamento, pois elas não furam a pele ao redor tão facilmente quanto as mais finas.
Todos os instrumentos utilizados na ornamentação da unha devem estar devidamente esterilizados.
Recomenda-se atenção ao fazer a unha em um salão. Todo profissional deve utilizar luvas e manusear somente matérias devidamente esterilizados.
Ao fazer as unhas em casa, também é preciso ter cuidado com a higiene.
Os instrumentos tais como alicates de cutículas, alicates de corte de unhas e espátulas devem ser higienizados com álcool 70% e não devem ser compartilhados com ninguém.
3. Remoção das cutículas
Retirar as cutículas é uma agressão às unhas. O correto seria não as remover, pois elas são barreiras de proteção e, quando retiradas, deixam as portas abertas para bactérias e fungos. Invista em uma hidratação para melhorar o aspecto delas.
4. Calçados de tamanho adequado
Os calçados que apertam ou que pressionam demais as pontas dos dedos podem fazer a unha crescer por dentro da pele ao redor e causar dor. Compre e use calçados adequados, principalmente se forem calçados esportivos que envolvem muita corrida e paradas súbitas, como futebol, basquete ou tênis.
Se não tiver certeza do tamanho do seu calçado, peça para o vendedor de uma loja medir seus pés e peça conselhos sobre os melhores calçados para o formato deles.
O uso de meias muito grossas também aperta os dedos e aumenta o risco de trauma e unhas encravadas.
Os calçados muito folgados e muito grandes podem aumentar o risco de encravamento, principalmente no dedão do pé, pois ele desliza bastante durante uma caminhada ou corrida.
5- Calçados de proteção
Caso o seu trabalho ofereça risco significante de lesionar os dedos, proteja-se com as botas que têm uma cobertura mais grossa na ponta. Elas protegem os dedos contra traumas, que aumentam as chances de encravar e perder as unhas – as que estão gravemente lesionadas podem ficar descoloridas e cair.
Use calçados e botas feitos com materiais permeáveis, como couro e camurça, pois os pés suados deixam a pele ao redor das unhas mais mole e mais fácil de perfurar. Usar meias que ajudam a absorver a umidade dos pés também é benéfico.
Os serviços que podem precisar de calçados de proteção incluem: trabalhadores de construções civis, operários de fábricas, mecânicos, soldadores, bombeiros e guardas florestais.
6- Cuidado para não bater os dedos dos pés
O trauma nas pontas dos dedos causa inchaço, o que empurra o tecido mole nas bordas das unhas afiadas e pode encravá-las. Sendo assim, tenha cuidado ao andar pela casa e use calçados mais firmes nos dedos para se proteger.
É comum bater os dedos nas pernas de mesas, cadeiras e camas.
O dedão e o dedinho (quinto dedo) são os que mais batem e sofrem lesões.
Outras medidas preventivas incluem remover os entulhos do chão, tapetes escorregadios e usar óculos ou lentes se precisar deles para ver com mais clareza.